Desde que me reconozco como un ser migrante, deseo que todos también reconozcan el ser migrante. Esa figura extraña que llega para habitar un lugar ya habitado, motivado por algo. Un otro que habla, piensa, actúa y vive diferente, que tiene rasgos distintos. Sorprende. Asusta. Fascina. Amenaza. Tanto que es preferible preguntarle “qué hacés acá” antes que “quién sos”. Un personaje perfecto usado por narradores que se adueñan de relatos migrantes, distorsionándolos y llenándol

Querida Itália, Quando te conheci, há quase 20 anos, não imaginava que um dia seríamos tão próximas. Foi fácil, para quem sai de São Paulo, gostar de você, afinal a influência italiana nos paulistas e seus “dois pastel e um chopps” é inegável.

"Psicanálise com sotaque, corpo e cultura" é o jeito que encontramos de dizer que aqui a escuta contempla o lugar de onde você veio, as marcas que carrega e a linguagem com que aprendeu a se narrar e a se calar. Uma clínica que se posiciona com delicadeza e que tem uma aposta ética: fazer da psicanálise um lugar possível de fala para quem tantas vezes foi silenciado.

O imigrante é um ser dividido, suspenso entre mundos, línguas e afetos. É um viajante que transita entre culturas, carregando consigo a bagagem da própria história e do mundo do outro. Algumas vezes se aproxima, outras se distancia, em um movimento constante de busca por um lugar que seja seu.